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O livro é mais do que uma biografia: é um relato histórico sobre a realidade vivenciada pelas famílias do Paquistão. Por meio de suas memórias, Malala nos conta a respeito da criação de seu País, a tradição de sua família e sua infância no Vale do Swat, um local lindo e de paisagem predominantemente verde, conhecido como a "Suíça do Oriente".
Desde o início pude perceber que o grande protagonista da história foi seu pai, o ativista Ziauddin Yousafzai. Em uma nação onde a participação das mulheres na sociedade é negada e até mesmo criminalizada, ele recebeu o nascimento de sua filha com um sentimento de honra, disposto a fazer o que seu pai não fez por suas irmãs: dar-lhe o direito de viver sua vida com todos os direitos possíveis, sem cortar-lhe as asas. O incentivo dos pais de Malala a garantirem-lhe a educação foi a base fundamental para que ela crescesse consciente sobre o mundo ao seu redor. Conforme ia crescendo, Malala tornou-se cada vez mais companheira de Ziauddin, seu pai, participando de diversos movimentos em prol da garantia do direito fundamental à educação em seu País, ganhando a notoriedade suficiente para ser considerada uma ameaça ao Talibã, que buscava se fundamentar na região.
Em outubro de 2012, sofreu o atentado à mão armada, recebendo um tiro em seu olho esquerdo. Desde então, ganhou popularidade internacionalmente e recebeu até mesmo o Prêmio Nobel da Paz, sendo a pessoa mais jovem a conquistá-lo, com apenas 16 anos. As balas não impediram Malala de continuar sua militância, pelo contrário: tornaram sua causa mundialmente conhecida.
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Malala recebendo o Nobel da Paz |
Ainda que nós, mero mortais, não possamos agir de modo tão significativo como Malala em prol de uma causa, precisamos cultivar o sentimento de empatia, o costume da gentileza e a boa vontade de oferecer ajuda ao próximo, ainda que esses pequenos atos não façam diferença em grande escala. Certamente, nessas breves ações temos a chance de assegurar os principais direitos humanos, sendo um deles, o direito de viver em paz.
"É preciso continuar lutando contra a ignorância."
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